A americana Amazon vai abrir dois centros de distribuição no país ainda este ano. O pontapé inicial será no Rio de Janeiro, onde a companhia...
A americana Amazon vai abrir dois centros de distribuição no país ainda este ano. O pontapé inicial será no Rio de Janeiro, onde a companhia ainda não tinha operação própria. A gigante do comércio eletrônico anuncia nesta terça-feira a abertura de um espaço de 30 mil metros quadrados em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em seguida, será a vez de estrear em Fortaleza, capital do Ceará
A estratégia é reforçar a atuação, de olho nas vendas de Black Friday e Natal. Atualmente, a Amazon vem enfrentando forte concorrência com outras empresas do setor de comércio eletrônico, como Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza e redes de varejo, que vêm investindo em entregas ultrarrápidas, além de ampliarem suas operações logísticas.
Mil empregos no fim do ano
Com a chegada no Estado do Rio e, em breve, no Ceará, a Amazon vai reforçar sua atuação geográfica no país. Hoje, a companhia conta com dez centros de distribuição, dos quais quatro são localizados em São Paulo, além de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.
Segundo Ricardo Pagani, diretor-geral de Operações da Amazon no Brasil, o novo espaço no Rio de Janeiro vai gerar até mil empregos durante a temporada de fim de ano. Em um primeiro momento, estão sendo geradas 200 vagas diretas.
O novo centro de distribuição em São João de Meriti tem um espaço equivalente a quatro campos de futebol. O objetivo é aumentar a cobertura geográfica para permitir a entrega mais rápida dos produtos. Hoje, a empresa conta com entrega em 48 horas em 700 cidades dentro do programa de fidelidade Prime.
— Montamos os centros de distribuição em localizações estratégicas para aproximar os itens dos clientes e acelerar a velocidade de entrega. O espaço vai abastecer o Estado do Rio e outros locais do Brasil. Até o fim do ano, vamos abrir outro centro em Fortaleza — diz Pagani.
A empresa, que já conta com 5.200 funcionários diretos na área de operação no Brasil, vai ainda desenvolver um programa de apoio aos parceiros locais. Essa lista inclui empreendedores e transportadoras próximos aos centros de distribuição.
—Vamos desenvolver parcerias com transportadoras locais, pois eles conhecem melhor a população da área, e isso pode melhorar o nível de serviços —explica Pagani.
Além da Amazon, o Mercado Livre anunciou novos centros de distribuição em um momento em que as chinesas AliExpress e Shoppee vêm ampliando as apostas no Brasil, com programas mais rápidos de entrega e reforço em logística.
A Magalu abriu, em outubro do ano passado, um centro de distribuição em Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e pontos de transição para entregas. As lojas físicas, que também integram a cadeia do e-commerce, vieram na sequência, no início de 2021.
Volta do varejo físico
De acordo com o consultor de varejo Ronaldo Fernandes, as empresas de comércio eletrônico já estão se preparando para as vendas de fim de ano, que começa já na Black Friday, em novembro.
Fernandes afirma que as companhias estão se preparando para reforçar o investimento logístico, com centros de distribuição e frota de transporte, para enfrentar também o varejo físico, que terá retomada:
—Será, sem dúvida, um fim de ano com muitas promoções, e o varejo físico voltando a concorrer com o virtual, que ganhou muito espaço. Por isso, as companhias estão ampliando sua rede de entregas, de forma a ganhar espaço e mercado. Essa é a nova lógica do mercado.
Via Extra
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