A Casa dos Direitos da Baixada - CDB, ONG que atua há mais de 10 anos pela proteção aos animais, entre outras causas, a partir da parceria c...
A Casa dos Direitos da Baixada - CDB, ONG que atua há mais de 10 anos pela proteção aos animais, entre outras causas, a partir da parceria com a empresa de assistência familiar, Riopae, lança projeto de instalação de comedouros e bebedouros pela primeira vez em São João de Meriti/RJ. Nesse mês de maio já foram instalados 10 comedouros no total em ruas do centro de Vilar dos Teles e nos bairros Trio de Ouro, Jardim Noya, Jardim Botânico, Jardim Meriti e na região central da cidade. Nos próximos dias, as instalações chegarão a mais dois bairros de Belford Roxo, município vizinho de São João de Meriti: Jardim Redentor e Jardim Glaucia. O projeto segue em expansão para que, nos próximos meses, os comedouros e bebedouros cheguem a outras cidades da baixada, na capital do Rio de Janeiro e nos municípios da Região dos Lagos.
Os comedouros são canos de PVC adaptados para serem recipientes de ração e água, com adesivos dos parceiros no projeto. Ao lado são afixadas placas com explicação da funcionalidade dos comedouros e de que forma a população pode contribuir para ajudar a alimentar cães e gatos. Os comedouros serão abastecidos em dias alternados por voluntários da CDB.
De acordo com Angélica Oliveira, fundadora da Casa dos Direitos da Baixada, a ONG fez um levantamento informal dos números de adoções e abandonos durante a pandemia. “Constatamos que, no início, em 2020, houve um aumento de 31,5% de adoções em São João de Meriti. Porém, no decorrer da pandemia, o abandono de animais cresceu 39,5%”, explica Angélica, que hoje tem 39 pets para adoção, sendo que 11 estão na ONG e os demais em lares temporários, com protetores parceiros. “É muita alegria termos feito essa grande parceria com a Riopae e ter esse apoio não apenas para alimentar, mas também para castrar e vermifugar os animais que resgatamos das ruas, muitas vezes em condições de totais maus-tratos”, completa ela.
Segundo levantamento do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de animais abandonados no Rio de Janeiro durante a pandemia subiu 40%, chegando a 1,3 milhão. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Defesa e Proteção dos Animais do Rio de Janeiro – SMDPA -, somente no Abrigo Municipal do RJ, Fazenda Modelo, há 950 pets, entre cães e gatos, aguardando um lar. Em 2020 foram adotados 265 e até abril desse ano, já foram 131. A secretaria projeta que até o final do ano serão mais de mil adoções. Nesse mesmo período, foram realizadas 46 mil castrações. Enquanto os eventos estavam proibidos, a Secretaria criou o programa Entrega Pet, para divulgar a adoção nas redes sociais, em conjunto com as ONGS parceiras.
Atenta a essa situação, a Riopae, empresa carioca de assistência funerária, incluiu a defesa animal entre as suas ações de responsabilidade social, na Baixada Fluminense. A questão dos animais de estimação sempre esteve presente na companhia que, além de serviços em vida e pós-morte para pessoas, oferece planos de assistência pet, em que gatos e cachorros até 70 kg também recebem atendimento para remoção e cremação em caso de morte. “Pretendemos expandir as ações de combate aos maus-tratos, adoção consciente, cuidados com pets e parcerias com ONGS e empresas fabricantes de rações, além de disponibilizar serviços de saúde por meio das clínicas veterinárias parceiras da RIOPAE com cirurgias e castrações gratuitas”, afirma Vinícius Chaves Mello, diretor executivo da Riopae.
Outra iniciativa da Riopae a favor dos animais é a intermediação dos pets disponíveis nos lares temporários e apoio às instituições, que atuam na divulgação dos pets para adoção. Esse é um dos trabalhos feitos pela VEMCER, associação sem fins lucrativos que promove eventos e feiras de doação. A Riopae divulga os pets em suas redes sociais, oferece cestas básicas para os protetores dos lares temporários e ajuda financeira para as necessidades advindas da pandemia.
“Por conta da Covid, os eventos abertos ao público foram proibidos e todo esse trabalho ficou restrito às redes sociais. Então, a Riopae começou a intermediar essas adoções e divulgar nas redes sociais da marca, com o objetivo de ampliar a divulgação, mesmo com a retomada dos eventos presenciais”, conta Tatiana Figueiredo, fundadora da VEMCER.
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